terça-feira, 31 de julho de 2012

Brasil investe cada vez mais na África


O Brasil intensificou seus esforços para construir relações mais estreitas com a África, num esforço da sexta maior economia do mundo em competir com outros gigantes como China e Índia para assumir um papel central no continente rico em recursos naturais.

No mês passado, o maior banco de investimento no Brasil, BTG Pactual, anunciou planos para levantar US$ 1 bilhão e criar o maior fundo de investimento do mundo para a África, focando em áreas como infraestrutura energia e agricultura.

O fundo do banco independente, que surge em meio a uma iniciativa do governo para estabelecer uma parceria estratégica com a África, é uma das mais recentes medidas sinalizando o crescente interesse do Brasil para ampliar sua pegada econômica no continente - o comércio entre o Brasil e a África saltou de cerca de US$ 4 bilhões em 2000 para aproximadamente US$ 20 bilhões em 2010. "Isso representa um ponto de virada em que uma porção desses investidores e dessas instituições de investimento está reconhecendo que a África é, de fato, a última fronteira do crescimento", diz Lyal White, diretor do Centro para Mercados Dinâmicos do Gordon Institute for Business Science da África do Sul.

Usando países de fala portuguesa como Angola e Moçambique como ponto de entrada no continente, empresas estatais e privadas brasileiras fizeram grandes incursões em várias partes do continente, operando, sobretudo, em setores estratégicos como infraestrutura, mineração e energia - no ano passado, a Vale anunciou planos para gastar mais de 12 bilhões de libras em investimentos na África nos próximos cinco anos.

Laços fortes. Embora separados pelo Oceano Atlântico, Brasil e África têm antigos laços históricos e culturais que remontam aos tempos do tráfico de escravos no século 16, quando legiões de africanos foram enviados de navio à antiga colônia portuguesa para servir de escravos nas plantações de cana de açúcar.

Hoje, o Brasil trata de usar sua afinidade cultural com a África como uma vantagem na competição com as outras potências que estão agindo no continente, segundo analistas. "O fato de a maioria da população brasileira ser de origem afro-brasileira - o que confere ao Brasil a maior população negra do mundo depois da Nigéria - é amiúde citado pela elite governante, quase exclusivamente branca, do país, para ressaltar as semelhanças culturais do Brasil com os países africanos", disse Stolte.

O envolvimento crescente do Brasil com a África também teve continuidade sob a liderança de Dilma Rousseff, que se tornou presidente do Brasil em janeiro de 2011 - em seu primeiro ano no cargo, Dilma visitou Angola, Moçambique e África do Sul.

Empresas brasileiras que tentam fazer negócios no continente tendem a contratar e treinar força de trabalho local e oferecer produtos sociais para promover o desenvolvimento nativo - em Angola, a construtora brasileira Odebrecht tornou-se a maior empregadora privada do país.

"O Brasil se vê, portanto, como um parceiro de países africanos, um país capacitado a lhes oferecer estratégias bem-sucedidas para combater os problemas mais cruciais do continente, como a fome e a aids", diz Stolte./ TRADUÇÃO DE CELSO PACIORNIK

Fonte:http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,brasil-compete-com-china-e-india-para-investir-na-africa-,906290,0.htm


Comentário:
O Brasil tem que ter cada vez mais o compromisso de investir e ajudar no desenvolvimento dos países africanos, pois através desse movimento os laços entre Brasil e África serão mais fortes e estreitos. Através das nossas semelhanças culturais, faz-se uma porta de entrada para juntos buscarmos o crescimento e desenvolvimento das duas nações.
Por: Mariana Rosa

1 comentários:

  1. Agora sim podemos dizer: "África e Brasil: uma ponte sobre o Atlântico". Em relação a essa corrente construída pelo Brasil, para ajudar o continente africano.
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